BIKES DE ALUMÍNIO


Conheça as várias ligas desse metal e
suas aplicações na indústria ciclística

Por Wesley Kestrel - CiclismoBr



Nas atuais fabricações de quadros para bicicletas, o aço (incluindo o famoso “cromo”) passou por sua época dourada e hoje é uma raridade reservada apenas para as bicicletas de baixa competitividade, para crianças, ou para bicicletas exclusivas, na sua maioria fabricadas a mão por artesãos.
E por falar em exclusividade, o rei tem sido, sem dúvida, o titânio. Também o carbono aparece cada vez mais nas competições, principalmente em etapas de longa duração, e a cada dia aparecem mais componentes em carbono no mercado mundial.
A grande verdade é que hoje a imensa maioria dos quadros de bicicleta, assim como outros muitos componentes, se fabricam em alumínio. Este é o material mais escolhido pelas indústrias. E será muito difícil de ser desbancado, devido a suas vantagens serem muitas.
Tentaremos explicar da melhor forma a diferença, por exemplo, de um alumínio 7075 para um 6061 anodizado. E faremos de uma maneira técnica, com dados objetivos.

Para começar: O que é o alumínio?



As características básicas do alumínio são conhecidas por todos: é um metal branco, com um brilho bastante característico, leve, relativamente macio, com uma grande condutividade térmica e elétrica e uma boa resistência à corrosão.
O alumínio é o metal mais abundante da superfície terrestre e constitui aproximadamente 8% do total da crosta do nosso planeta.
O alumínio puro não se utiliza na maioria das aplicações industriais, porque as propriedades mecânicas (dureza e resistência fundamental) que tem, não são de grandes interesses. No geral, tem uma resistência mecânica bastante limitada.

O que sempre é utilizado é seco, em forma de ligas de alumínio, ou seja, o alumínio mesclado com pequenas quantidades de outros elementos como zinco, magnésio, silício etc.
Estes elementos são adicionados em quantidades normalmente muito pequenas e dentro de uma margem muito restrita, mesmo assim são suficientes para que as propriedades (de resistência, técnica, durabilidade, resistência à fadiga e a corrosão) mudem em alguns casos de maneira espetacular.

Tipos de liga de alumínio


As ligas de alumínio são classificadas de acordo com sua numeração e distribuem-se em oito grupos ou séries, identificados por quatro números desde 1xxx até 8xxx.
O primeiro número é o que identifica a liga dominante. Os do grupo 1xxx são alumínios de alta pureza, com um mínimo de 99%. São utilizados em aplicações nas quais as características mecânicas não são muito importantes quanto a resistência e a corrosão, ou condutividade elétrica. Do resto das séries as que mais nos interessam são:

- Os 2xxx são mesclados com cobre, o que melhora muito sua resistência mecânica. Em bicicletas não se usam muito.

- Os 6xxx são mesclados com magnésio e silício. Os típicos 6161 ou 6063 de muitos quadros são feitos neste grupo, basicamente porque se molda facilmente e tem boas propriedades mecânicas.


- Os 7xxx esses são mesclados principalmente com zinco. Nesta série, a mais usada em bicicleta é o 7005. Os alumínios desta série têm magníficas propriedades mecânicas, mas não tão fáceis de moldar como os 6xxx.

O 7075, por exemplo, tem uma extraordinária resistência, mas não se utiliza para tubos do quadro, apenas para formas mais simples como guidões e coroas. A resistência à corrosão é no geral pior que outras séries, mas para uma bicicleta não é um fator de grande importância.


O resto das séries não são utilizados na indústria da bicicleta, e são usadas apenas para outras aplicações.


Esta claro que um número maior não quer dizer que o material utilizado seja melhor. Como exemplo vamos colocar um alumínio 2024t6, que é muito superior na resistência mecânica do que o 6061T6 e o 7005T6.


Durante a fabricação dos quadros, existe após os quatros dígitos (que significam as séries) uma letra representada pelo “T” e mais um número, que significa o tratamento térmico utilizado no processo de fabricação. No caso das bicicletas o mais utilizado e mais importante para ser exposto aqui é o T6 (tratamento no qual as propriedades mecânicas do alumínio melhoram notavelmente).


O alumínio do meu quadro não é nenhum desses. Por quê?


Bem, como em todo mercado os temas comerciais tendem a gerar uma certa polêmica, muitas marcas não utilizam a numeração padrão para classificar o alumínio em busca de uma exclusividade. Para complicar ainda mais a coisa existem fabricantes que usam denominações de quatro números também, mas que não fazem parte do padrão das séries do alumínio. Estas numerações, designadas fora de padrão, só são conhecidas pelos próprios fabricantes. Às vezes dão alguma pista e dizem que é um alumínio da série 7000 por exemplo, outras vezes não dizem nada.

“Bem, depois de toda essa explicação, qual alumínio é melhor para bicicleta?


Habitualmente as ligas mais utilizadas em quadros de alumínio são as 6061 e 7005, deixando sempre à parte as outras denominações “códigos usados pelos fabricantes”. No estado T6 ambos têm propriedades mecânicas muito similares, ligeiramente melhores no caso do 7005, especialmente na resistência.


Na realidade, as diferenças são muito pequenas e as ligas que incorporam o escândio (scandium) são a exceção, pois suas propriedades são significantemente melhores.


Resumindo: É bom saber que não vale a pena encher a cabeça de números, porque podem se fabricar quadros de boa e péssima qualidade com qualquer uma das ligas de alumínio habituais para bicicleta.





Fonte:Bike Magazine



Um conto de Natal



Está se aproximando a hora. Está se aproximando o dia. Está se aproximando a festa. A bagunça da cidade que vai crescendo traz irritação a todos motoristas, principalmente aos incrédulos. E traz um fundo de esperança de alguns momentos felizes que serão vividos na noite do dia 24 e almoço do 25. Será Natal.


Há, na grande maioria, uma vontade louca de carregar tudo que vêem nas vitrines. E presentear. E receber presentes, muitos presentes, muito melhores que os que se dá. E ai vem a pergunta: Será isto Natal?


Esta é uma época na qual os ciclistas ficam mais felizes ainda. Enquanto todos estão enlouquecidos no frenesi do Natal, nós costuramos pelo meio do caos e paramos tranqüilos na nossa porta de destino, coisa rara nestes dias. Causamos inveja. Por isto criamos desejos. O desejo que todos tem no fundo de suas almas de ter alcançar liberdade, de voltar a infância e sair livre por ai, vento no rosto, felicidade n’alma. Como ciclistas trazemos no nosso “ser” o real espírito Natalino: um sopro de paz, a vida cheia de felicidade e um toque de criança. Bicicleta traz consigo esta fé.


Tanto tentam vender o Natal, mas não conseguem porque fé está no fundo da alma e não na compra de uma lembrança. Há uma lacuna que o comércio não preenche. Esta Festa remete a esperança do nascimento de uma nova era, mais sábia, justa, equilibrada, digna e isto não se compra na esquina nem se dá de presente. A bicicleta subverte esta forma de pensamento e por isto se transforma em ato de fé.


Este maravilhoso veículo, simples em sua essência com as palavras de um sábio, induz todos a se transformarem em melhores seres, mais calmos portanto mais sábios, mais sadios portanto mais equilibrados, mais dignos portanto mais sociáveis e justos. É a isto que todos os livros sagrados remetem. A isto que a bicicleta nos leva sem que percebamos. Está provado cientificamente que assim o é. Foi atrás disto que os Reis Magos seguiram a luz de uma estrela.


Minha maior dúvida é imaginar qual seria o estilo de ciclista do Menino que nasce nesta noite de 24 de Dezembro. Provavelmente teria uma bicicleta simples e robusta. Cobre correntes, pára-lamas e redinha para proteger suas brancas roupas. Estaria bem rodada, mecanicamente perfeita, mas de aparência surrada. Como não consigo vê-lo como um chato, mas como um “cara” bem humorado, provavelmente teria um pedalar refinado, mas travesso. Imagino o rosto dEle fazendo um down hill no Monte das Oliveiras.


É esta criança que pode nascer dentro de nós neste 24. E sempre, todos dias, todas horas.


Boa parte da humanidade sonhou, quando que Santa Klaus, Papai Noel, nos trouxesse uma bicicleta nova e reluzente. Sonho de criança. Provavelmente ele não o fez porque não conseguiu passar as rodas pela chaminé. Ou porque em país tropical nem chaminé há. Mesmo assim a bicicleta é um presente dos sonhos e milhões de brasileiros ganharam uma com lacinho vermelho e votos de Boas Festas. E tenho certeza que o Menino Jesus recomendaria que a velha ou empoeirada bicicleta fosse dada ao que necessita. Quem a receber dirá só “Feliz Natal”. E assim o espírito da coisa estará fechado. A Fé terá renascido.




Feliz Natal a todos.


Arturo Alcorta

Fonte: Pedal.com.br


Feliz Natal


Como regular o capacete


Todos sabemos que o capacete é o equipamento de segurança mais importante da bicicleta. Mas será que você sabe escolher e regular corretamente?

Nesse artigo vamos por em pauta essas questões, além de apresentar os erros mais comuns dos usuários.


Como comprar um capacete

A primeira e mais importante observação da compra do capacete é o selo de qualidade. O selo de aprovação, que garante que ele passou nos testes.

O PEDAL entrou em contato com o INMETRO e ficou constatado – infelizmente – que no mercado nacional não existe nenhuma marca com selo do órgão regulador. E que a companhia também não tem máquinas adequadas para tal teste. Apenas para capacetes de motos.

Sendo assim, fomos obrigados a usar capacetes importados com grande referência no mercado que são vendidos no nosso país.

Depois de analisado e escolhida a marca do capacete, você deve verificar o tamanho ideal. Diversas marcas trabalham com um formato universal, desenvolvido pelo fabricante Bell Helmets:

XS (X-small) = extra pequeno / em torno de 47cm a 50cm de diâmetro

S (small) = pequeno / em torno de 51cm a 55cm

M (medium) = médio / em torno de 55cm a 59cm

L (large) = grande / em torno de 59cm a 63cm

XL (X-large) = extra grande / 63cm a 66cm

* Algumas marcas gostam de “despadronizar” essas medidas, acrescentando 1cm em cada tamanho. Então, prestem mais atenção nessas medidas.

Como saber a medida correta

Para saber qual o tamanho ideal, recomenda-se o uso da fita métrica para medir o diâmetro. Ela deve ser guiada no centro da testa, passando aproximadamente dois dedos acima da orelha, contornando a cabeça até encontrar a outra ponta.

* Caso não tenha uma fita métrica, use um barbante e depois meça com uma régua no plano.

Descoberta a sua medida, analise o tamanho. Pois diversas pessoas têm circunferências diferentes: arredondados ou ovalizados. Caso essa medida não fique compatível, verifique outro tamanho e até mesmo outra marca. No mercado ciclístico existem capacetes com essas duas formas.

Atenção

Não é aconselhável o uso de um capacete na medida exata. Sempre procure algo confortável. Principalmente que depois de um tempo de pedal, a temperatura, pressão e suor tendem a dificultar o conforto. Causando aperto na cabeça.

Formato de algumas marcas

Bell – redondo

Giro – oval

Specialized – oval (um pouco menos do que o Giro)

Lazer – oval

Cat Lite – redondo

Cratoni – redondo




Como regular o capacete


O capacete foi projetado para ficar centralizado e acomodado no ciclista. O primeiro passo é ajustar as fitas, para que não fiquem tortas ou dobradas.

Os capacetes que possuem regulagens atrás devem ser regulados como o primeiro passo. Apertando-lhe por trás, o ciclista deve verificar a melhor fixação para que não mova.

Feito isso, vem o feixe. As fitas que passam pela orelha formando o “V” ou o “Y”. O feixe nunca deve estar apertado ou rente na orelha. No mínimo um dedo para baixo.

Por que nunca rente na orelha?

Porque em caso de queda ou batidas em galhos nas trilhas, as tiras do capacete não machucarão a orelha. Para mulheres, não é recomendado uso de brincos grandes.

O ajuste de aperto também deve levar em conta, a segurança. Para não enforcar ou até mesmo sair da cabeça da pessoa. Deixe sempre uma folga no glote de aproximadamente 2 dedos, ou que não deixe que o feixe ultrapasse o queixo.

Mesmo ajustado, faça um movimento de positivo e negativo com a cabeça para conferir o ajuste.

Como citamos acima, algumas marcas de capacetes possuem ajustes extras na parte anterior da cabeça. Esse tipo de auxílio reforma mais ainda a segurança do ciclista.

Fonte: Pedal.com.br

ESPORTES PARA INICIANTES


Professor desvenda terminologias
que explicam como treinar melhor
 
 
Por Marcelo Hendel - Especial para a Bikemagazine
 
Olá pessoal, a partir de hoje estarei escrevendo a vocês esta coluna com informações, visando colaborar com a qualidade de suas pedaladas, para isso estarei utilizando uma linguagem mais simples possível pois a minha preocupação é a de que vocês entendam o que eu estou querendo passar e não simplesmente leiam o meu artigo.


Respondam, quantos de vocês já não leram um artigo sobre treinamento e no meio do artigo não desistiu de continuar por não estar entendendo nada? Pois é, eu também!! Antes de entrar para a faculdade de Educação Física sempre me interessei muito por esportes, mas quando lia artigos em revistas sempre desistia no meio por não entender o que eles queriam dizer.


Portanto para que não aconteça com vocês o que aconteceu comigo vamos combinar uma coisa: quando for necessário utilizar uma terminologia mais "científica", eu escreverei em negrito e ao final do artigo vocês poderão consultar um glossário, para que todos se familiarizem com alguns termos e principalmente os entendam e utilizem para a melhora da qualidade de suas pedaladas.


Bem, depois de toda essa apresentação finalmente vamos ao que interessa.


Quando pensamos em realizar um exercício físico temos que nos preocupar com o estado de funcionamento de 3 sistemas importantes do nosso corpo:

Sistema Cardiovascular - Coração, artérias e veias


Sistema Respiratório - Brônquios e pulmões

Sistema Muscular - Músculos e tendões

São esses 3 sistemas que vão promover as maiores adaptações quando realizarmos algum tipo de exercício, portanto, quando compramos nossa bike e começamos a pedalar, devemos nos preocupar com os ajustes que estarão ocorrendo nesses 3 sistemas para depois pensarmos em "acompanhar o ritmo" daqueles colegas mais veteranos no pedal.


A primeira modificação que vocês vão notar será a freqüência cardíaca, que irá aumentar, pois os músculos precisarão de mais oxigênio e quem leva oxigênio até o músculo é o sangue. Daí a utilização da freqüência cardíaca como parâmetro para se saber a intensidade e que estamos no exercício.

Dica: Antes de iniciar um programa de treinamento de qualquer modalidade esportiva é importante realizar com um cardiologista um eletrocardiograma de esforço, que vai avaliar o funcionamento do seu coração durante o exercício e saber quais tipos de exercício você está apto a realizar.


Outra modificação a ser notada será na respiração, pois como o músculo irá precisar de mais oxigênio, ou seja, mais sangue, quem vai aumentar o seu trabalho será o pulmão, pois é nele em que ocorrem as trocas gasosas.

Então vamos seguir nosso raciocínio: se durante o exercício, eu aumento a minha freqüência cardíaca eu aumento também o fluxo sangüíneo nos meus tecidos, inclusive no meu pulmão, se está chegando mais sangue venoso no meu pulmão eu tenho que aumentar também a minha freqüência respiratória e o meu volume corrente. Por isso, quando estamos realizando uma atividade eu tenho que aumentar o número de vezes que eu respiro e as respirações tem que ser mais profundas do que o normal.

Dica: Antes de iniciar um treinamento visando "alto rendimento" é interessante se realizar um teste ergoespirométrico, pois este é um dos meios mais precisos de se encontrar o limiar anaeróbico, que será muito importante para a prescrição de um treinamento mais preciso.


Bem pessoal, por enquanto é isso que eu tenho para vocês, no próximo artigo iremos falar um pouco sobre princípios básicos do treinamento e vocês poderão entender por que o seu ritmo de treino pode ser bom para você e não para o seu amigo.


Um abraço a todos e até a próxima!


GLOSSÁRIO


Ajustes: qualquer modificação no funcionamento dos órgãos que seja diferente do seu funcionamento em repouso


Freqüência Cardíaca: número de vezes que o coração realiza sístole e diástole (bate) em um minuto.

Eletrocardiograma de Esforço: teste clínico realizado pelo cardiologista para observar o comportamento do coração durante o exercício. Através dele pode se detectar possíveis patologias do coração.

Trocas Gasosas: saída do CO2 (gás carbônico) e entrada de O2 (oxigênio) nas hemácias (glóbulos vermelhos do sangue).

Fluxo sangüíneo: quantidade de sangue que passa pelo coração por minuto.

Sangue Venoso: sangue com baixa concentração de O2 e alta concentração de CO2.

Freqüência Respiratória: número de vezes que se inspira e expira em um minuto.

Volume Corrente: quantidade de ar que é inspirada e expirada durante a respiração.

Alto Rendimento: denomina-se esportes de "alto rendimento" aquele que requer um treinamento mais preciso visando resultados, ou seja, esportes profissionais.

Teste Ergoespirométrico: teste clínico realizado para se avaliar o comportamento da respiração durante o exercício. Este teste serve para encontrar o limiar anaeróbico.

Limiar anaeróbico: ponto onde o exercício deixa de ser aeróbico e passa a ser anaeróbico*.

Marcelo Hendel é professor de Educação Física, formado pela PUC Campinas e pós graduando em Fisiologia do Exercício na Universidade Federal de S. Paulo, Escola Paulista de Medicina


NOTA DO EDITOR: Os méritos das opiniões e informações são dos colunistas e colaboradores da Bikemagazine.

Fonte: Bike Magazine















TAMANHO DO QUADRO


Aprenda a escolher o certo

O perfeito ajuste do ciclista à bicicleta é fundamental para o bom desempenho do conjunto homem/bicicleta, ambos devem estar perfeitamente adaptados. A principal medida a ser escolhida é a do tamanho do quadro.

Assim como é desaconselhável correr uma maratona com um tênis dois números menores ou maiores, da mesma forma o ciclista deve escolher o tamanho do quadro de sua bike com perfeição.



O que determina o tamanho do quadro ideal para um ciclista é a altura de seu cavalo. A estatura de um ciclista não é o determinante na escolha do quadro, visto que o comprimento das pernas varia de um ciclista para outro.


E como sabemos o tamanho de um quadro? Alguns quadro vêem com o seu tamanho marcado em um adesivo fixado no tubo vertical, mas caso não haja marcação, é fácil descobrir: nas speed basta medir com uma fita métrica o tamanho do tubo vertical desde o centro do eixo do movimento central até o centro da intersecção do tubo vertical com o horizontal. É o que se chama de medida C/C (centro ao centro). Nas mtb, o procedimento é o mesmo com a diferença que medimos dsde o centro do eixo do movimento central até o topo externo do tubo horizontal.

Bikes Speed


Existem várias fórmulas e métodos para se determinar o tamanho do quadro de uma bike de estrada. Entretanto, a mais aceita na atualidade é a fórmula desenvolvida pelo engenheiro suíço Wilfried Hüggi, que consiste no tamanho do cavalo x 0,65 cm.


Para encontrar o tamanho de seu cavalo: Fique descalço, com as pernas ligeiramente afastadas, e vista sua bermuda de ciclista. Encoste-se em uma parede, faça uma marca com um lápis da altura do seu cavalo na parede e meça a altura com uma fita métrica.


O valor encontrado será o tamanho aproximado do quadro ideal para o ciclista. Ex.: Um ciclista que tem o cavalo na altura de 83 cm, deverá se adaptar melhor ao quadro de tamanho 54, já que 83 X 0,65 = ~54.


No Brasil é difícil de se encontrar quadros com numeração ímpar, o jeito é adquirir um tamanho de quadro aproximado. Arredonde esse valor para menor para uma bike mais ágil e esperta, arredonde-o para maior e você terá uma bike mais confortável e estável, boa para os cicloturistas.


Tente primeiro um quadro menor, se após fixar a altura do selim, o canote ficar muito exposto, é melhor então adquirir o quadro imediatamente maior.


Dicas: Se estiver em dúvida quanto ao tamanho, rode na bike de algum amigo que tenha o quadro do tamanho que você pretende adquirir. Quadros menores são mais ágeis e leves. Quadros maiores são mais estáveis e confortáveis em pavimentos imperfeitos.


Normalmente cita-se primeiro a medida do tubo vertical e depois a do tubo horizontal, exemplo, 54 x 55 cm. Quando vemos apenas uma medida descrita, entende-se como sendo os dois tubos do mesmo tamanho (nesse caso, chamado de quadro quadrado).


Para medir o tamanho de um quadro sloping - aqueles com o tubo horizontal inclinado para trás - despreze a sua inclinação. Tire a medida com a fita métrica paralela ao chão.


A altura é o mais importante no quadro. O comprimento pode ser ajustado trocando-se a mesa. O mercado oferece opções de mesa que vão dos 7 aos 14 cm, com incrementos de 0,5 em 0,5 cm.


Atenção: Canotes de selim e mesas têm marcações que indicam o limite de regulagem. Não ultrapasse os limites! Se na sua bike esses limites ficarem expostos é sinal evidente que a bike está pequena para você.


Mountain bikes


A regra acima não se aplica às mountain bikes. O tamanho do quadro é geralmente em polegadas (já que a modalidade nasceu nos EUA) e além disso, os quadros de mountain bikes devem ser menores que os de speed para terem mais agilidade nas trilhas.


O que fazer então? Existe uma regrinha que foi publicada pela revista norte-americana Mountain Bike Action, em janeiro de 1992 que ensina o seguinte: Encontro a altura do seu cavalo, transforme em polegadas e então subtraia 14. Pronto! O resultado é o tamanho do quadro para mountain bike. Exemplo: 83cm : 2,54 = 32,67 polegadas. Subtraindo 14 de 32,67 temos o valor 18,67 polegadas. O quadro a ser escolhido, seria então um de 18.5.


Nova numeração


Já está disponível no mercado bicicletas que têm a numeração S, M, L, XL (como em camisetas) em vez da numeração em polegadas ou centímetros. A primeira speed a adotar este sistema foi a marca norte-americana Giant, depois outras adotaram o método, entre elas as mountain bikes da ScottUSA.


A tendência é que cada vez mais os quadros se tornem menores e o canote de selim e a mesa se torne mais comprida, diminuindo assim o tamanho do quadro e conseqüentemente o peso do conjunto. Foi também a Giant que introduziu no ciclismo de estrada o conceito de quadros com geometria "sloping", ou seja, tubo horizontal é inclinado para trás para tornar o quadro mais compacto.




No Brasil, a maioria das bicicletas nacionais (leia-se Caloi e Sundown) são produzidas no tamanho intermediário (17 ou 18) para satisfazer à maioria da estatura de nossa população. Certifique-se do tamanho que você necessita para não comprar um quadro que não é adequado a você. Previna-se também contra maus vendedores que se preocupam em empurrar peças que ele tem em estoque. Pesquise em pelo menos três lugares diferentes antes de fechar negócio. Se em sua cidade você só tem uma loja de bicicletas, viaje para uma cidade pouco maior e continue a pesquisa.


Lembre-se: o quadro é o componente principal de uma bike e na maioria das vezes, o mais caro também. Escolha bem para não ter que trocar depois!


Última dica: Se você procura uma boa bicicleta, que se adapte bem ao seu corpo, evite comprá-la em supermercados. Supermercados são excelentes para vender arroz, feijão, ervilha, salsicha e outros mantimentos. Bicicletas devem ser adquiridas em casas especializadas e que tenham um pessoal treinado para atender bem e esclarecer as dúvidas dos clientes.








REVISÃO COMPLETA



Acompanhamos o serviço
em uma Scott Fx-2

 

Assim como um automóvel precisa de manutenção de tempos em tempos, a sua bike, após alguns quilômetros também necessita de uma paradinha para uma revisão mecânica. As mountain bikes, em especial, exigem uma manutenção mais atenciosa e periódica, pois elas enfrentam lama, poeira e travessias de rios.
O Bikemagazine esteve na Bike Shop Mega Bikers, em Campinas, e conta para você, passo a passo, como é feito uma revisão completa. Acompanhamos a revisão em uma Scott FX-2 ano 2002.


1 - Assim que o cliente chega à loja uma Ordem de Serviço é aberta e as impressões/reclamações do proprietário são anotadas cuidadosamente. O mecânico, antes de iniciar a desmontagem, anda com a bike para perceber possíveis defeitos e barulhos estranhos.



Os eixos, o cassete e
o núcleo são retirados

2 - A bike é colocada em um cavalete especial e o primeiro passo é retirar ambas as rodas e o ciclocomputador.

3 - Os eixos, o cassete e o núcleo são retirados. Em seguida são retirados os pedivelas e o movimento central.


4 - O próximo passo é retirar os freios e os cabos; a mesa (junto como guidão) e a suspensão dianteira. Tudo é colocado em uma caixa, tomando-se o cuidado para não perder as peças pequenas.



O quadro e todas a peças
são lavadas minuciosamente
 
5 - O quadro é então colocado no lavador. O mecânico limpa a relação com querosene e lava minuciosamente cada cantinho do quadro. Uma solução de água + sabão em pó é aplicada para eliminar a gordura do querosene. Todas as demais peças (guidão, mesa, suspensão, rodas, miudezas) são também lavadas da mesma forma.
 
O quadro, a relação e as peças são enxutas com ar comprimido e um pano seco. Nesse momento, o mecânico aproveita e faz uma checagem no estado dos raios e procura por trincas no quadro.
 
6 - Após tudo lavado e seco, é hora de avaliar o estado das peças. Com atenção são examinados a relação - a corrente é medida com um verificador de desgaste - e todos os componentes em que pode haver desgaste: cubos de roda, caixa de direção, movimento central, rolamentos, sapatas de freios, conduítes e cabos de aço. Normalmente, as esferas de aço são substituídas por novas.
 

O desgaste da corrente é avaliado
com uma ferramenta especial
 
Na Mega Bikers, o cliente é informado e consultado para aprovar a substituição de qualquer peça necessária. Transparência é a chave para ganhar a confiança do cliente! No caso da nossa FX-2 o, o rolamento do movimento central foi lavado e lubrificado novamente, pois estava "cantando" por falta de lubrificação. Apenas dois cabos precisariam ser trocados, Todo o resto estava OK.
   

Após a lavagem todas a peças são
inspecionadas e trocadas se necessário
 
7 - Hora da montagem. Os eixos das rodas são montados, lubrificados com graxa Molykote à base de grafite, própria para rolamentos. O cassete foi montado e as rodas foram levadas até um dispositivo especial para a verificação de seu alinhamento.
 


8 - O próximo passo foi instalar o movimento central, tomando-se o cuidado de lubrificar com Graxazul a ponta do eixo e a rosca da tampa. "Isso evita barulhos depois", ensina o mecânico Rodrigo. Os pedivelas são fixados.

Os cubos das rodas, o cassete, a caixa de
direção e os rolamentos do movimento
central são lubrificados com graxa especial

9 - A caixa de direção é montada com uma boa dose de graxa Molykote e a suspensão é colocada após uma aplicação de uma fina camada de graxa no cano. Os freios V-brakes são instalados. Os cabos de freios e de câmbio são lubrificados e instalados nos seus respectivos lugares.

10 - As rodas são colocadas na bike e é realizada uma lubrificação geral na bike. Além da relação, são lubrificados também os pivôs do câmbio e as alavancas de freio e de mudança de marchas.

Nenhum detalhe é
esquecido na lubrificação

11 - O câmbio é então regulado e o ciclocomputador é instalado.


12 - Por último a bike recebe polimento na pintura e o mecânico faz um test ride na rua para verificar os últimos detalhes de regulagens. Tudo ok? A bike é deixada para ser entregue ao cliente.


Para finalizar o polimento
da pintura, além de proteger,
deixa a bike como nova

Os procedimentos acima são também válidos para bikes de ciclismo, triathlon e downhill.

E quando fazer a revisão? Logicamente esta resposta vai depender do uso que se faz da bike. Bikes de ciclismo podem ser revisadas a cada 1500-2000 km. No casa das mountain bikes, o gerente Ulisses Dupas recomenda uma revisão completa pelo menos a cada 600km, ou até antes no caso de trilhas com muita lama ou travessia de rios.


Em geral, as boas Bike Shops oferecem diferentes tipos de revisão - com diferentes preços também - de acordo com a necessidade do cliente.

Revisão básica - lavagem, limpeza e lubrificação da relação, regulagem de freios e do câmbio, ajuste de folgas.

Revisão completa - Tudo o que está incluída na Revisão básica mais: Desmonte de rodas, revisão nos cubos de roda, caixa de direção, movimento central, são retirados todos os cabos (limpeza e lubrificação), alinhamento de roda, reaperto de raios e polimento na pintura.

Revisão full - Para mountain bikes com suspensão dianteira e traseira. O amortecedor traseiro é retirado. As buchas das articulações da balança traseira são revisadas, trocadas se necessário, além de engraxadas os pontos de contato entre a balança e o quadro da bike.

São cobrados à parte revisão do freio a disco, suspensão dianteira ou traseira, bem como as peças substituídas durante a manutenção. O preço vai variar de oficina para oficina.

Sempre é bom observar a qualidade do ferramental da oficina e dos produtos utilizados. Boas oficinas utilizam bons produtos (graxas, lubrificantes, peças de reposição) e e principalmente, são limpas e responsáveis. Peça sempre a nota fiscal do serviço realizado. A garantia do serviço - em geral 30 dias - deve estar registrada na nota fiscal, para eventuais reclamações futuras.

Fonte: bikemagazine


QUADROS DE CARBONO



Profissional ensina 15 maneiras pra prolongar a vida útil do componente


   O paulista Alessandro Augusto, o Nino, é daqueles artistas que não dão o braço a torcer quando o assunto é reparar quadros de carbono. Nino, de 35 anos, conserta bikes desde os 16 anos e é discípulo do lendário Klaus Poloni, construtor e reparador de quadros.



    "Eu parto do princípio que tudo tem conserto, menos para a morte", diz Alessandro, que conheceu Poloni numa fábrica de plásticos em Pedreira, onde residem.

    Nino é um dos únicos profissionais que consertam quadros de fibra de carbono no Brasil. Ambos aprenderam os macetes dessa arte em pesquisas feitas em revistas, feiras, conversas com especialistas e pesquisas em laboratórios de tecnologia.


    A fibra de carbono ganhou rapidamente espaço no mundo das bicicletas pelo seu baixo peso e alta resistência. Fibras de carbono têm características bastante peculiares. Não pegam fogo e são altamente resistentes à torção e tração. Por outro lado, não resistem tanto à compressão.

    "Os componentes que sofrem compressão, têm uma bucha de alumínio ou titânio para suportar essa força. Exemplo: pedivela e ferradura do freio", explica Nino.

    Um exemplo de conserto de sucesso de Nino foi num quadro de fibra de carbono de um atleta paulista que corre na elite do mountain bke brasileiro. Foram necessárias mais de nove horas para reparar três pequenas fissuras: uma no chain stay, uma no seat stay e outra seat tube, próximo ao suporte da caramanhola. Eram trincas quase invisíveis a olho nu.


OS CUIDADOS COM O QUADRO DE CARBONO


    1- O primeiro cuidado é no momento da compra, e isso vale para qualquer quadro. O biker deve escolher corretamente o tamanho, a geometria e levar em conta o uso que vai fazer da bicicleta. Assim, não se deve adquirir uma bike de cross country para fazer downhill, por exemplo.


    2- Evite fazer modificações no projeto original da bicicleta. Mudanças de componentes podem alterar a relação de forças e criar pontos de tensão. Um quadro projetado para utilizar uma suspensão de 80 mm será submetido a forças bem maiores se receber uma suspensão de 120 mm. Isso vale para outros componentes como mesa, garfo, guidão e canote e para todos os tipos de quadros.


    3- Evite que o quadro tenha contato com produtos derivados de petróleo (benzina, tiner, gasolina, thinner, diesel, querosene, óleos etc). Lave a bike somente com sabão neutro.


    4- Proteja o chain stay do lado direito para evitar que as chicotadas da arranquem o verniz que protege a pintura. Sem o verniz, a fibra de carbono lasca e o óleo da corrente penetra pelas microfissuras e, com o passar do tempo, vai dissolver a resina que aglutina a fibra.


     5- Ao notar uma área descascada ou um risco profundo no quadro, proteja-os imediatamente com esmalte de unha ou até mesmo com um decalque adesivo.




     6- Um dos erros que mais danifica quadros de carbono é o excesso de aperto. Tome cuidado com tudo o que tiver contato com o quadro como gancheiras, blocagens das rodas, suportes de caramanhola, suporte do câmbio dianteiro, braçadeira de canote, aheadset, mesa, guidão e caixa do movimento central (usar torquímetro sempre que possível). A regra geral manda apertar o parafuso até encostar no final da rosca e ir um pouquinho mais. Apertos exagerados provocam tensão no quadro.


     7- Deve-se respeitar a inserção mínima do canote no quadro. O canote de selim deve estar pelo menos 130 mm dentro do quadro, ou pelo menos uma polegada (2,5 cm) abaixo da intersecção do top tube com o tubo de selim.


     8- Jamais utilize um canote de selim fora do diâmetro correto. Não use buchas ou calços para compensar a medida e também não "esmague" o quadro com aperto excessivo para prender o canote. Ambos os casos causam tensões no quadro. O canote não pode ter riscos, em especial na horizontal, para não fragilizá-lo e expor o biker a acidentes.


     9- Por motivo de segurança, alguns componentes de carbono têm que ser do marca consagrada. É o caso de mesa, guidão e do canote de selim.


     10- Não use graxa à base de petróleo e de sabão de lítico, pois atacam o verniz. Veja o item 3 acima.


     11- Em suspensões equipadas com steerers de carbono NÃO se deve usar aranhas (spiders) tradicionais. Suspensões com steerers de carbono devem somente utilizar spiders específicos para essa finalidade. Aperto exagerado na mesa, quando o steerer é de carbono, também vai causar tensão no conjunto.


     12- Garfos de carbono de bicicletas de ciclismo requerem muito cuidado no momento do aperto do aheadset.


    13- Muito cuidado com a quantidade de arruelas espaçadoras (calços) do aheadset. Calços demais alteram a altura e criam pontos de tensão no conjunto suspensão-caixa de direção-quadro.


     14- Utilize somente lubrificantes recomendados pelos fabricantes. Consulte o manual do proprietário ou o site do fabricante para ver se o quadro resiste a um determinado agente químico.


     15- Componentes de fibra de carbono como guidões, mesas e canotes têm vida útil relativamente curta. Verifique no site do fabricante qual a durabilidade do seu componente. Não é raro ouvirmos de guidões e mesas que quebraram sem prévio aviso.

O PROCESSO DO REPARO



   "O conserto num quadro de carbono tem que ser o mais evasivo possível. O ideal é consertar sem interferir na estrutura do que já existe", ensina Nino.



   Para cada tipo de avaria existe uma (ou mais de uma) técnica de reparo. Uma pequena trinca pode consumir até dez horas de trabalho. "Ás vezes demora mais para chegar à conclusão de como fazer do que propriamente fazer o reparo", explica.


     O primeiro passo é avaliar porque ocorreu o problema. O conserto vai obedecer ao projeto original do quadro e da bike para não comprometer a estrutura. R20;Como sou biker, conheço as forças envolvidas na pedalada.

     "O conserto num quadro de carbono tem que ser o mais evasivo possível. O ideal é consertar sem interferir na estrutura do que já existe", ensina Nino.

     Para cada tipo de avaria existe uma (ou mais de uma) técnica de reparo. Uma pequena trinca pode consumir até dez horas de trabalho. "Ás vezes demora mais para chegar à conclusão de como fazer do que propriamente fazer o reparo", explica.
     O primeiro passo é avaliar porque ocorreu o problema. O conserto vai obedecer ao projeto original do quadro e da bike para não comprometer a estrutura. R20;Como sou biker, conheço as forças envolvidas na pedalada.


   A limpeza do local a ser laminado é o próximo passo. Num ambiente limpo, e usando luvas cirúrgicas, é a vez da aplicação de uma nova fibra de carbono no local afetado. "Uso até oito pares de luva e chego a despender até dez horas de trabalho no processo de laminação".


   O processo de preparação da resina é bastante delicado, pois exige cálculos e uma balança de precisão em décimos de gramas para a mistura. "O material é caro. Para consertar três pequenas trincas eu usei um rolo de 3,5 x 0,70 metros".


     "O processo final de laminação vai depender muito de cada caso. Depende onde foi a quebra ou a trinca no quadro", conclui Nino.

100 km de brasília

 
Esse fim de semana tivemos uma prova válida pelo ranking nacional na Capital do país. Os 100km de Brasília foi realizado na frente do quartel do exército num circuito curto indo e voltando na mesma rua.
Como é fim de temporada e o calendário do ciclismo nacional tem prova de janeiro a janeiro, vimos uma corrida com poucos participantes. Das equipes de ponta, somente a São Lucas e a Scott estiveram presentes devido ao ranking brasileiro estar em aberto.
Cerca de 25 ciclistas participaram e por isso os 100km de Brasília teve apenas 87 kilometros sob um forte calor. Foi uma prova de marcação entre Americana e São José dos Campos, cada uma com 4 integrantes.
Uma fuga de 11 atletas decidiu a prova logo no começo. Com o “pelotão” calmo, a fuga abriu certa vantagem e manteve até o fim.
            A vitória ficou com Armando Camargo, o Piá, da Scott e o vice com o Anderson de Olveira, o Mindu, de Americana.
Viajar 900km até a capital foi a parte mais complicada da prova. Longe de casa, o desgaste do ano todo acabam por desanimar nós atletas que ainda teremos prova até dia 20 de dezembro. E logo no dia 3 de janeiro começa tudo denovo.
Pelo jeito, quem visa as provas show como copa América e República, vai ter que comer o peru de natal e beber o champagne do ano novo em cima da bicicleta.
Para nós isso está se tornando natural. Mas é  complicado deixar de lado as festas de fim de ano e até uma viagem em família para correr 40 km e tentar aparecer alguns segundos na TV. Não temos muitos fins de semana livre e nem feriados durante o ano, e quando achamos que teremos um tempinho para família aparecem os Jogos Mundiais de verão da Rede Globo.
           Falta uma melhor organização do calendário nacional. Falta um período sem corridas para termos um descanso merecido. E ainda tem gente que às vezes me pergunta: “Você só pedala?? Mas que vida boa”. Só quem está no meio do ciclismo para saber que isso não é verdade. Temos que ter a cabeça no lugar para continuar correndo sem perder o foco.

 
Um abraço e Uma ótima semana a todos.
 

BRUNO TABANEZ – Equipe São Lucas Saúde / UAC / Americana
Colunista BikeFast




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